Louvre é um dos museus mais famosos do mundo, localizado em Paris, França.
A história do Louvre é rica e diversificada, começando muito antes de se tornar
um museu.
História do Louvre
Fortaleza Medieval:
O Louvre foi originalmente construído como uma fortaleza no final do século XII por Filipe II, rei da França, para proteger a cidade de Paris contra invasões. A estrutura original incluía uma torre central (o “donjon”) e muros espessos. Restos desta fortaleza medieval ainda podem ser vistos no museu hoje, na área conhecida como “Sul do Louvre Medieval”.
Quando Filipe II, também conhecido como Filipe Augusto, ordenou a construção do Louvre no final do século XII, a França enfrentava várias ameaças que justificavam a necessidade de uma fortaleza para proteger Paris. Algumas dessas ameaças e invasões incluíam:
Invasões Normandas:
Embora as invasões vikings, ou normandas, tivessem ocorrido principalmente nos séculos IX e X, o impacto dessas incursões ainda era sentido e havia a necessidade de proteger a cidade contra possíveis ataques futuros. Paris tinha sido saqueada várias vezes pelos vikings, o que justificava a necessidade de defesas robustas.
Conflitos com a Inglaterra:
No século XII, a França e a Inglaterra estavam frequentemente em conflito. Um dos principais problemas era a presença de vastos territórios franceses sob o controle da Coroa inglesa, devido ao casamento de Henrique II da Inglaterra com Eleanor da Aquitânia, que trouxe consigo grandes propriedades na França.
Filipe II estava envolvido em uma série de conflitos com os reis ingleses, particularmente Ricardo Coração de Leão e João Sem Terra. Esses conflitos culminaram na Batalha de Bouvines em 1214, onde Filipe II derrotou uma coalizão que incluía forças inglesas.
Expansão Territorial e Consolidamento de Poder:
Filipe II também estava empenhado em consolidar e expandir seu território, o que frequentemente levava a conflitos com nobres rebeldes e outras entidades regionais dentro da França. A construção do Louvre como uma fortaleza fazia parte de sua estratégia para centralizar o poder e proteger a cidade contra revoltas internas e ataques externos.
Segurança Interna:
A presença de uma fortaleza em Paris também ajudava a manter a ordem e a segurança interna. Durante a Idade Média, cidades grandes como Paris precisavam de fortificações para se protegerem não apenas de invasores estrangeiros, mas também de bandos de saqueadores e de possíveis tumultos civis.
Residência Real:
No século XVI, durante o reinado de Francisco I, o Louvre foi transformado de uma fortaleza em um palácio real. Francisco I começou a reconstruir o Louvre em estilo renascentista e a adicionar obras de arte à sua coleção.
Seus sucessores, como Henrique II e Henrique IV, continuaram a expandir o Louvre, adicionando novas alas e galerias.
Palácio Real:
No século XVII, Luís XIV decidiu transferir a residência real para o Palácio de Versalhes, o que deixou o Louvre menos utilizado como residência real. Contudo, ele continuou a ser um local importante para a arte e a cultura.
Durante este período, várias academias de arte foram instaladas no Louvre.
Museu:
Durante a Revolução Francesa, em 1793, o Louvre foi oficialmente transformado em um museu público. Foi aberto ao público para exibir as coleções reais e os tesouros confiscados durante a revolução.
Desde então, o Louvre tem continuado a crescer e a evoluir. Grandes renovações e expansões ocorreram, como a adição da pirâmide de vidro no pátio central, projetada pelo arquiteto I. M. Pei, inaugurada em 1989.
O Museu do Louvre hoje
O Louvre abriga uma das mais impressionantes coleções de arte do mundo, com mais de 35.000 obras em exposição. Suas coleções são organizadas em oito departamentos principais:
Antiguidades Orientais
Antiguidades Egípcias
Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas
Arte Islâmica
Esculturas
Arte Decorativa
Pinturas
Gravuras e Desenhos
Algumas das obras mais famosas do Louvre incluem a Mona Lisa de Leonardo da Vinci, a Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia e muitas outras.
O Louvre é um símbolo da história rica e diversificada da França, passando de fortaleza medieval a palácio real e, finalmente, tornando-se um dos maiores e mais visitados museus do mundo.